Justamente por que
Há horas em que urge
Fazer a volta, contornar o local
Bordar o destino com os jardins que ele merece
Embora na maioria das vezes ele o peça
Seguir em frente pode ser fatal
Orgulho em retroceder
Pode levar à inércia
Ficar parado, matará a vida
Volte atrás
Não para fazer o mesmo
Repetir acertos também é errar
Pois perdemos tempo
Divindade que nos consome e sempre escapa
Torne o caminho de volta uma nova ida
Que lhe desvie o abismo intransponível
Sem desvirtuar-lhe o ponto de chegada
Fazer da maior distancia um atalho
É arte conhecida por poucos
Depende de quanto se dispõe a perder para ganhar
Preferências são rumos sem dor
Escolhas pela facilidade circunscrita
Apaixonante e fácil
Isenta de pecados e proibições
Porem, tende à certeza do marasmo
Toda vez que for muito fácil
Queira mais, anseie maior: ambicione
Ou simplesmente perceba
Que o algo já lhe pertence ou não é o que se quer
Fuja do imediatismo que despersonifica a conquista
Diante do abismo passado que antes o paralisava
Remonte o trajeto que percorreu até aqui
Lembre-se que poderia estar lá em cima
Inerte, ileso: sonhando simplesmente
Fossilizado por um tolo medo
De pensar-se retrógrado e menor
Por ser incapaz de transpor o impossível
Quando o oponente consumar-se invencível
Seja inteligente
Decida não enfrentá-lo
Pois a vida pode até ser construída com sonhos não vividos
Desvirtuada e triste devido a escolhas infelizes
A lembrança entretanto
Nunca é composta por passagens mortas
Ela pulsa, arde e vibra; involuntariamente
Aguarde o momento certo
Torne-se colossal, intransponível
E se mesmo com fenomenal esforço
Derrotar aquele inimigo continuar impossível
Volte, pois só nós mesmos estamos em todos os nossos caminhos
22.3.06
7.3.06
Datas
Obrigado por este dia ter acontecido
Pela vida que impôs a minha vida
Transformando mero caminhar
Numa marcha firme rumo ao destino
Feito com minhas próprias vontades
O que antes parecia atemporal e infindável
Contornou-se de efêmera velocidade
Bordando meus desejos recém nascidos
Vejo um homem que aprendeu há pouco o caminhar
O incentivo é que faz viver
Foi-se o tempo de passar por ele
A convivência branda e gratificante
Agora é brusca e lancinante
Cada momento que se esvai é como sangue
Doído e querido ao ser derramado
Felicidade por estar impregnado de felicidade
Grávido de um sentimento maravilhoso
Que não se basta nos adjetivos que conheço
Transcendendo minhas antigas certezas
Transformando tudo em simples nada
Gestação de um futuro cada vez mais próximo
Sensível aos sentidos do tato, olfato, paladar e audição
Estranhamente não o vejo
Entretanto isto se faz desimportante
O sentir não precisa de luz aos olhos para existir
Basta o querer; o reconhecimento do outro
O mínimo que se propõe é vontade
O máximo que se busca é liberdade
Todo o resto é mera composição
Deste sonho que me assola
Ainda busco o dia
Em que neste mesmo dia
Poderei acordá-la com um beijo
Dizendo baixo em seu pé de ouvido:
Parabéns, criatura! Eu amo você
Pela vida que impôs a minha vida
Transformando mero caminhar
Numa marcha firme rumo ao destino
Feito com minhas próprias vontades
O que antes parecia atemporal e infindável
Contornou-se de efêmera velocidade
Bordando meus desejos recém nascidos
Vejo um homem que aprendeu há pouco o caminhar
O incentivo é que faz viver
Foi-se o tempo de passar por ele
A convivência branda e gratificante
Agora é brusca e lancinante
Cada momento que se esvai é como sangue
Doído e querido ao ser derramado
Felicidade por estar impregnado de felicidade
Grávido de um sentimento maravilhoso
Que não se basta nos adjetivos que conheço
Transcendendo minhas antigas certezas
Transformando tudo em simples nada
Gestação de um futuro cada vez mais próximo
Sensível aos sentidos do tato, olfato, paladar e audição
Estranhamente não o vejo
Entretanto isto se faz desimportante
O sentir não precisa de luz aos olhos para existir
Basta o querer; o reconhecimento do outro
O mínimo que se propõe é vontade
O máximo que se busca é liberdade
Todo o resto é mera composição
Deste sonho que me assola
Ainda busco o dia
Em que neste mesmo dia
Poderei acordá-la com um beijo
Dizendo baixo em seu pé de ouvido:
Parabéns, criatura! Eu amo você
Assinar:
Postagens (Atom)