Nunca é cedo o bastante
Quando é tarde demais
Por mais pueril que seja a madrugada
É noite eterna quando já se foi
E a volta nunca volta
Há tempo para se fazer outra vez
Possível repetir mesmos erros
Tentar de diversificada forma
Mas acertar é sempre inédito
A eficácia elimina a mesmice
Desrotinifica atitudes simples
Torna cada gesto único
Potencializa qualquer atitude
Requerendo atenção imensa
Desastres nascem instantaneamente
Aquela palavra ríspida
O gesto não meditado
A falta de tato
O excesso de sensibilidade
Atrocidades são sempre banais aos que praticam
Reverter certos atos é impossível
Conseguimos apenas reduzir o impacto
A bofetada já foi dada, porém
Não será esquecida
Retirar a culpa não elimina o verbo
Engraçado pensar assim
Mas só sabemos o doer
No exato momento em que o sentimos
Não dói no físico quando recordamos
Lembrar sim, traz sentimentos
Transporta-nos a um estado vivido
Remonta certa particularização de nosso real
Emergindo angústias
Nó no peito que quem lembra sabe:
Dói só de lembrar
Quando for errar
Seja completamente ignorante
Faça-o por puro desconhecimento
Tenha o que aprender com sua atitude
Não espezinhe quem você gosta
Agir por pura picardia é idiotice
Não existe vitória
Na derrota daquele
Que devia ser resguardado
Da nossa cruel capacidade de fazer sofrer
Atinja com sua ira
Apenas seus reais inimigos
Que felizmente existem
Sinceros como nuvens carregadas
Que por vezes relampejam e trovejam
Exclua seu amor de sua mira
Afine sua pontaria
Preserve a incolumidade e a paz
De quem optou por estar ao seu lado
Sujeito às suas intempéries
Saber da disposição alheia
Não é sinônimo de usurpação
Acreditar que pode acontecer
Não é convite ao merecimento
Antes de urrar silencie
Olhe a sua volta
Perceba se os que te circundam entenderão
Meça se valerá a pena discursar aos surdos
Ao perceber que estão vocês sozinhos
Abrace-a, para não ferir-lhe os ouvidos
Conduza seu calor no prazer do aconchego
Respire quente no interior do corpo dela
Acaricie aquele rosto magnífico
E após respirar levemente
Agradeça sem ter um aparente por que
Lembre-se que é bom fazer bem
Que na vida escolhemos alguém
Por quem vale a pena receber e dar
Uma vida que nos ensina constante
Não ser preciso sofrer para amar
26.9.05
19.9.05
Tecnologia
Hoje não caibo em mim
A saudade é maior que meus limites
Reside em cada canto do meu ser
Que é nada frente sua ausência
Suspiro insistentemente
Como se adiantar fosse
Como se o ar que ponho para fora
Abrisse espaço para você entrar
Mas você não vem
Aonde está você, assim tão transitória?
Por que não pára em um lugar conhecido
Por que não se mostra de um modo batido
Por que não me gritas sussurrando aos ouvidos
Por que esta falta neste eterno domingo
?
Sei todas as respostas
Perguntas que não são minhas
Vontades que são só nossas
Teimosas em não se acharem
Acho tudo e não me certifico de nada
O que quer que eu faça é sempre sem graça
Falta você, seu cheiro, seu jeito
Minha alegria que enternece
Sua vida que me aquece
Faltam verbos na primeira pessoa do nosso plural
Chuva fina a piorar tudo
Faz as pessoas se esconderem
Desfazendo minhas diminutas chances
De encontra-te por uma rua qualquer
Ninguém passeia nestes dias molhados
Exceto eu
Que choro por dentro diariamente
Encharcado de amor por todo instante
Vejo-me multiplicado quando, torrencialmente chove
Estado da natureza cuja beleza comove
Escuto nossas músicas e choro
Pois não tenho vergonha de amar
Tampouco pena de sofrer
Sinto cada instante, intenso, constante; amante
Quero ser mais que aquilo que presumo poder ser
Se perguntam o motivo de minha estranheza
É por que não me conhecem
Se percebem que não sorrio
É por que levei minha alegria pra junto de ti
Estou aqui o contrário do que sou em você
Sei da impossibilidade de estarmos juntos agora
Por isso troco a ansiedade da espera
Pela paciência da esperança
Suspiro outra vez
Para que eu me torne mais fácil de carregar
Nada me tira a vontade enfim
Necessito inspirar seu expirar
Aquecer no vapor de seu suor
Estar perto a ponto de mesclar
Dentro de ti é onde adoro permanecer
Me acolhe com calor
Incendeia com amor
Olha com fervor
Me inunda por favor!
Deixe-me ser o seu furor
Ainda é hoje, entretanto
Seu sentimento, expresso em linhas, é que me anima
Espero angustiado ele sinalizar
Esquisito e insano este inusitado ato
De ser mensagem em celular
A saudade é maior que meus limites
Reside em cada canto do meu ser
Que é nada frente sua ausência
Suspiro insistentemente
Como se adiantar fosse
Como se o ar que ponho para fora
Abrisse espaço para você entrar
Mas você não vem
Aonde está você, assim tão transitória?
Por que não pára em um lugar conhecido
Por que não se mostra de um modo batido
Por que não me gritas sussurrando aos ouvidos
Por que esta falta neste eterno domingo
?
Sei todas as respostas
Perguntas que não são minhas
Vontades que são só nossas
Teimosas em não se acharem
Acho tudo e não me certifico de nada
O que quer que eu faça é sempre sem graça
Falta você, seu cheiro, seu jeito
Minha alegria que enternece
Sua vida que me aquece
Faltam verbos na primeira pessoa do nosso plural
Chuva fina a piorar tudo
Faz as pessoas se esconderem
Desfazendo minhas diminutas chances
De encontra-te por uma rua qualquer
Ninguém passeia nestes dias molhados
Exceto eu
Que choro por dentro diariamente
Encharcado de amor por todo instante
Vejo-me multiplicado quando, torrencialmente chove
Estado da natureza cuja beleza comove
Escuto nossas músicas e choro
Pois não tenho vergonha de amar
Tampouco pena de sofrer
Sinto cada instante, intenso, constante; amante
Quero ser mais que aquilo que presumo poder ser
Se perguntam o motivo de minha estranheza
É por que não me conhecem
Se percebem que não sorrio
É por que levei minha alegria pra junto de ti
Estou aqui o contrário do que sou em você
Sei da impossibilidade de estarmos juntos agora
Por isso troco a ansiedade da espera
Pela paciência da esperança
Suspiro outra vez
Para que eu me torne mais fácil de carregar
Nada me tira a vontade enfim
Necessito inspirar seu expirar
Aquecer no vapor de seu suor
Estar perto a ponto de mesclar
Dentro de ti é onde adoro permanecer
Me acolhe com calor
Incendeia com amor
Olha com fervor
Me inunda por favor!
Deixe-me ser o seu furor
Ainda é hoje, entretanto
Seu sentimento, expresso em linhas, é que me anima
Espero angustiado ele sinalizar
Esquisito e insano este inusitado ato
De ser mensagem em celular
14.9.05
Carta
Queria poder te mandar esta carta. Mas não sei seu endereço. Seria impossível que ela chegasse, enfim. Não será por isso que não irei fazê-la. Pelo contrário. Irei até o final. Para que eu possa reler finitas vezes, pois sei que volta. Recitá-la-ei, portanto, de tanto que lhe sei, quando retornares.
Tolice minha ater-me diante da falta de sua localização. Estás tão perto que sequer preciso escrever. Basta que eu pense, mudo e estático, para que te alcance. Não necessito mover um músculo para sentir-te por completo. Deixarei que minha saudade envolva você. Na eternidade de meus momentos, estarei tão perto que será difícil separarmo-nos.
Condição que já ocorre. Mesmo desunidos pela lacuna física que nos distancia, o sentimento que nos permeia, preenche qualquer distância. E te sinto em cada passo, em cada ato que pratico, em cada medo que desfaço, em cada lembrança que relança a esperança de ver seu rosto de criança na próxima esquina. A pureza de seu semblante simples que carrega meu juízo para além destas ruas. Deixando minhas vontades todas nuas, minhas verdades todas cruas e os dias com sóis e luas de tão completa a minha felicidade ao percebê-la.
Queria que se apagassem as estrelas nesta hora. Para que os incautos percebessem que elas apenas refletem o rutilo que vem de sua direção. Apropriando-se da propriedade intrínseca da sua personalidade brilhante e reluzente. Que você nem sente, quase que dormente. Os astros noturnos então te seguem e perseguem sua posição. Querem ser expectadores de sua linda passagem. Tentando aprender aquilo que não se ensina por não haver meio. O que não se da por não se possuir. Este seu jeito, seu acerto, seu defeito, sou eu quem nota. Talvez, quem sabe uma vez, ou outra, seja possível a ti, sentir o quanto te percebo; o como te concebo.
Por mais que pareça exagerado, desmedido e sem propósito é normal, sincero e real. Duvido que aquele verbo agregue todo o valor que lhe meço. Que caiba em quatro letras a imensidão de sentires que afloram ao som de seu corpo intenso. Desconheço a palavra, ou conjunto delas, que revele a descrição de sua nudez desfeita pelo meu toque, na mais completa escuridão, ausentes de visão. Quando seu contorno vem à mente pelos caminhos trilhados por meus dedos que te enxergam mudos, sem dizer sequer uma sílaba.
É para estas horas de estar sozinho que me preparo quando fico a te admirar. Por saber que estes momentos ainda são necessários é que lhe interiorizo. Percebo cada gesto. Sua voz, seu andar, seu perfume. Teu gosto fresco que me inunda o paladar e sempre desconcerta minha noção de certeza. Sua imparidade de beleza, sutil, ardil, febril, desarma qualquer defesa que eu nunca tive. Se te abrigo no meu abraço é por que preciso sabê-la por inteiro nestas temporadas de singular morada. Vives em minha existência e serei seu pelo tempo que a vida permitir.
Volte logo, amor da minha vida. Pense em mim, para que minha nuca esquente. Para que eu tenha as orelhas vermelhas de tanto você lembrar. E que não demore para que eu sinta seu cheiro pela escada. Para que eu me veja nos teus olhos marcados, esverdeados. Que eu possa em breve estar, mais uma vez, fluindo amor em sua boca.
Como já disse antes, ao seu lado não é lugar; é o único momento, em que existo feliz. Amo você, criatura!
Tolice minha ater-me diante da falta de sua localização. Estás tão perto que sequer preciso escrever. Basta que eu pense, mudo e estático, para que te alcance. Não necessito mover um músculo para sentir-te por completo. Deixarei que minha saudade envolva você. Na eternidade de meus momentos, estarei tão perto que será difícil separarmo-nos.
Condição que já ocorre. Mesmo desunidos pela lacuna física que nos distancia, o sentimento que nos permeia, preenche qualquer distância. E te sinto em cada passo, em cada ato que pratico, em cada medo que desfaço, em cada lembrança que relança a esperança de ver seu rosto de criança na próxima esquina. A pureza de seu semblante simples que carrega meu juízo para além destas ruas. Deixando minhas vontades todas nuas, minhas verdades todas cruas e os dias com sóis e luas de tão completa a minha felicidade ao percebê-la.
Queria que se apagassem as estrelas nesta hora. Para que os incautos percebessem que elas apenas refletem o rutilo que vem de sua direção. Apropriando-se da propriedade intrínseca da sua personalidade brilhante e reluzente. Que você nem sente, quase que dormente. Os astros noturnos então te seguem e perseguem sua posição. Querem ser expectadores de sua linda passagem. Tentando aprender aquilo que não se ensina por não haver meio. O que não se da por não se possuir. Este seu jeito, seu acerto, seu defeito, sou eu quem nota. Talvez, quem sabe uma vez, ou outra, seja possível a ti, sentir o quanto te percebo; o como te concebo.
Por mais que pareça exagerado, desmedido e sem propósito é normal, sincero e real. Duvido que aquele verbo agregue todo o valor que lhe meço. Que caiba em quatro letras a imensidão de sentires que afloram ao som de seu corpo intenso. Desconheço a palavra, ou conjunto delas, que revele a descrição de sua nudez desfeita pelo meu toque, na mais completa escuridão, ausentes de visão. Quando seu contorno vem à mente pelos caminhos trilhados por meus dedos que te enxergam mudos, sem dizer sequer uma sílaba.
É para estas horas de estar sozinho que me preparo quando fico a te admirar. Por saber que estes momentos ainda são necessários é que lhe interiorizo. Percebo cada gesto. Sua voz, seu andar, seu perfume. Teu gosto fresco que me inunda o paladar e sempre desconcerta minha noção de certeza. Sua imparidade de beleza, sutil, ardil, febril, desarma qualquer defesa que eu nunca tive. Se te abrigo no meu abraço é por que preciso sabê-la por inteiro nestas temporadas de singular morada. Vives em minha existência e serei seu pelo tempo que a vida permitir.
Volte logo, amor da minha vida. Pense em mim, para que minha nuca esquente. Para que eu tenha as orelhas vermelhas de tanto você lembrar. E que não demore para que eu sinta seu cheiro pela escada. Para que eu me veja nos teus olhos marcados, esverdeados. Que eu possa em breve estar, mais uma vez, fluindo amor em sua boca.
Como já disse antes, ao seu lado não é lugar; é o único momento, em que existo feliz. Amo você, criatura!
12.9.05
5.9.05
Desvio
Por vezes preciso de a música triste
Que revele meu estado de espírito
Que traga a tona aquela dor que faz tanta falta
Depurando a vontade que se esconde
Sob as vestes da comodidade incômoda
Que incomoda pela mesmice
Que deturpa pela babaquice
De se achar que ter pena de nós próprios
É atalho para sermos salvos de nós mesmos
Grandiosa putaria que fazemos
Prostituindo nossa imaculada felicidade
Em troca de momentos vis e toscos
Personificados em corpos sujos
Que nos invadem com aqueles toques assépticos
Prefiro mãos impregnadas de desejo, de verdade
Quero o suor do esforço
Daquele que lutou para me conquistar
Quero o cheiro de corpo cansado
O gosto do gozo alcançado
A exaustão maravilhosa dos que se apaixonam
Meretriz de alto nível a auto piedade
Chega travestida em mansidão
Cheirando a paraíso
Quente e úmida como o inferno
Assando a pele e queimando o juízo
Envolve como o exímio dançarino
Que ao levantar seu peso do solo
Carrega você para nuvens
Deixando-nos a mercê de exterior desejo
Trocando obscenamente nossa liberdade
Por vontades podres
Usa um corpo que não é dele como quer
Posicionado como dono da situação, pois
Sinalizando para um fim antecipado
Que nós mesmos procuramos
Quando desistimos de tomar a vida sob controle
Achando que o mundo seria bom e gentil
Esquecendo que ele compete conosco
Que quer se sobrepor a nossa existência
Imperioso ser forte pra caralho
Foda-se se não te acompanharam
Se a velocidade do seu cruzeiro é demais para os demais
Se o espaço que você ocupa é imensidão
Se seu jeito não é tão dócil
Se de suposições vivem os que te rodeiam
Só não pare de continuar por causa disso
Lute com toda força e inteligência
Detone cada fraco pensamento que lhe sobrevier
Aniquile qualquer pedido de piedade interior
Algoz é aquele que nos dá chance
Ficamos preguiçosos, ridículos: odiosos
Tornamo-nos lesmas que rastejam
Quando sabemos voar e caçar
Deixamos o rastro inocente das presas
Quando deveríamos terminantemente predar
Sejamos justos quando derrotados
Que choremos, que odiemos
Mas com total franqueza
Pois fraqueza é esconder-se do inevitável
Passividade é medo em forma bruta, inerte, ilesa
Lapide este sentimento esfuziante
Que prepara o corpo para a fuga
Prevendo o perigo onde não se enxerga
Pondo fim ao que nem começa
Use-se a seu favor
Encare a morte com sua sorte
Esbraveje, lute, sofra
Mire seu inimigo e corra
Diretamente de encontro a ele
Faça desta encruzilhada uma enorme trombada
Ruidosa, enorme, ruinosa
Alguém ira perder neste embate
Se for você melhor: aprenda
Se for alguém, sem dó: ensine
Nunca tome atitudes desmotivadas
Pare de desperdiçar tempo
Com coisas que você nem sabe se quer
Ele não se mede pelo que se usou
Mas justamente pelo que não mais se tem
Seu faltar é medida de seu desperdício
Seja urgente, direto e preciso
Forte, inteligente e conciso
Mire a alma das coisas
Pois ao alcançá-la
O corpo já terá sucumbido
Trace sua meta com calma
Pense em seus movimentos
Sossegado, tranqüilo
Siga sua rota firmemente
Só permita a você ser seu desvio
Que revele meu estado de espírito
Que traga a tona aquela dor que faz tanta falta
Depurando a vontade que se esconde
Sob as vestes da comodidade incômoda
Que incomoda pela mesmice
Que deturpa pela babaquice
De se achar que ter pena de nós próprios
É atalho para sermos salvos de nós mesmos
Grandiosa putaria que fazemos
Prostituindo nossa imaculada felicidade
Em troca de momentos vis e toscos
Personificados em corpos sujos
Que nos invadem com aqueles toques assépticos
Prefiro mãos impregnadas de desejo, de verdade
Quero o suor do esforço
Daquele que lutou para me conquistar
Quero o cheiro de corpo cansado
O gosto do gozo alcançado
A exaustão maravilhosa dos que se apaixonam
Meretriz de alto nível a auto piedade
Chega travestida em mansidão
Cheirando a paraíso
Quente e úmida como o inferno
Assando a pele e queimando o juízo
Envolve como o exímio dançarino
Que ao levantar seu peso do solo
Carrega você para nuvens
Deixando-nos a mercê de exterior desejo
Trocando obscenamente nossa liberdade
Por vontades podres
Usa um corpo que não é dele como quer
Posicionado como dono da situação, pois
Sinalizando para um fim antecipado
Que nós mesmos procuramos
Quando desistimos de tomar a vida sob controle
Achando que o mundo seria bom e gentil
Esquecendo que ele compete conosco
Que quer se sobrepor a nossa existência
Imperioso ser forte pra caralho
Foda-se se não te acompanharam
Se a velocidade do seu cruzeiro é demais para os demais
Se o espaço que você ocupa é imensidão
Se seu jeito não é tão dócil
Se de suposições vivem os que te rodeiam
Só não pare de continuar por causa disso
Lute com toda força e inteligência
Detone cada fraco pensamento que lhe sobrevier
Aniquile qualquer pedido de piedade interior
Algoz é aquele que nos dá chance
Ficamos preguiçosos, ridículos: odiosos
Tornamo-nos lesmas que rastejam
Quando sabemos voar e caçar
Deixamos o rastro inocente das presas
Quando deveríamos terminantemente predar
Sejamos justos quando derrotados
Que choremos, que odiemos
Mas com total franqueza
Pois fraqueza é esconder-se do inevitável
Passividade é medo em forma bruta, inerte, ilesa
Lapide este sentimento esfuziante
Que prepara o corpo para a fuga
Prevendo o perigo onde não se enxerga
Pondo fim ao que nem começa
Use-se a seu favor
Encare a morte com sua sorte
Esbraveje, lute, sofra
Mire seu inimigo e corra
Diretamente de encontro a ele
Faça desta encruzilhada uma enorme trombada
Ruidosa, enorme, ruinosa
Alguém ira perder neste embate
Se for você melhor: aprenda
Se for alguém, sem dó: ensine
Nunca tome atitudes desmotivadas
Pare de desperdiçar tempo
Com coisas que você nem sabe se quer
Ele não se mede pelo que se usou
Mas justamente pelo que não mais se tem
Seu faltar é medida de seu desperdício
Seja urgente, direto e preciso
Forte, inteligente e conciso
Mire a alma das coisas
Pois ao alcançá-la
O corpo já terá sucumbido
Trace sua meta com calma
Pense em seus movimentos
Sossegado, tranqüilo
Siga sua rota firmemente
Só permita a você ser seu desvio
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