Venho de mais um início
Eles sempre acabam assim
Despenhadeiros silenciosos
A voz sempre berra na minha vontade
Vou pular, irremediavelmente
Procuro por estes saltos sempre
Como de costume sento no seu ponto crítico
Apesar de conhecer tudo que deixei pra trás
Contemplo este novo passado recém concluído
Acenando com gestos de presente
Consegui tanta coisa nele
Que me parece tentador
As chamas de conquistas conscientes
Aquecem meu orgulho que perece querer calmaria
Levanto humilde: respiro fundo
Deixo meu último sopro no ar
Meu âmago num derradeiro suspiro
Sorrio por dentro e aprazo-me
Deliciosa esta sensação do vazio que se preenche
O futuro do meu presente está liberto novamente
Um vento infame sibila a meus ouvidos
Pedidos de estagnação serpenteando
Sinto pena dele
Sequer imagina aonde quero chegar
Suicídio seria parar repentino, imotivadamente
Puro movimento
Falta de contentamento
Inconfundível com tristeza
Certeza que conseguirei sempre
Calculo o tempo da queda livre em lembranças
Terei do ontem sinceros sorrisos
Contundentes cicatrizes pela alma
Invisíveis aos meus amigos
Indizíveis aos que apenas criticam
Perdemos quando nossa fala nos ensurdece
Queremos tanto ser voz
Acabamos por nos mudificar
Deveríamos ser audíveis
Mas apenas vemos com nossos ouvidos tortos
Oásis pérfidos, perdidos e amorfos
Meus olhos não servirão de nada agora
Fecho-os, e meu coração se expande
Minha pele sente cada alteração da temperatura
O calor da coragem invade
Sei que vou precisar de força
Posicionamento é essencial
Devemos saber como e onde cair
Quando queda e dor são inevitáveis
Quando crescer é incontrolável
De pé, pois precisarei da cabeça intacta
Pulo completamente feliz
Cobiço a mim mesmo plenamente
Aprendi que é importantíssimo perceber
Quando conseguimos o que queríamos
Não quero sonhos quando estou acordado
É tempo de fazer sempre
Salto revitalizantemente sublime
Certamente terei pernas tremulas no final
Este recomeço é ulteriormente distante
Tudo envereda saber e busca
Membros inferiores completamente impedidos
Impossibilitado de andar devido ao choque
Queda livre alucinante
Sem um desquerido pára-quedas
O momento limitador
Podemos deixar que o passado apressado nos consuma
Como um alento para a dor do atual desconhecido
Tornando impróprio tamanho desprendimento
Desperdiçando o fortalecimento forjado nos idos
Miro meu sol ao longe e limito meu próximo passo
Pensamentos no lugar me dão asas
Voarei até poder caminhar
Fase adequada dos sonhos
Hora para refletir e pensar
Descanso merecido para quem se comprometeu marchar
Reconfortado pelo sono rápido
Levanto palpitando expectativas
Ainda dói em muitos cantos
Mas o sangue que escorre sinaliza a dádiva
Estou vivo e posso continuar a vida
Com passos firmes, pés calçados de experiência
Bússola imantada de instinto
Apontando mais uma vitória
Por mais que ela gire e dance em espirais de fogo
Contemplarei cada mudança de seu ritmo incerto
Nunca fujo dos demônios que se apresentam
Uma vez no inferno
Peça ao diabo para assinar
Faça um trato com ele
Serão um do outro até a música parar
Referencias aos limites
Devemos saber impô-los
A nós mesmos
Para que não andemos indefinidamente
As músicas sempre acabam
Como finda o tempo de chorar
Hoje, visto o traje da felicidade
Com botões reluzentes
Relógio de horas contentes
Vontade enorme de vê-las passar
Cada ínfima escolha de nossas vidas
Nos leva a seguir ou parar
Depende do que realmente queremos
Do como e onde queremos ficar
Nem comece se desconhece onde vai terminar
Quero os desafios da vida
Os prazeres da carne
Os desejos da alma
Qualquer pressa e toda calma
O amor, que sempre mata, renasce e salva
30.5.05
24.5.05
Transparencias
Sua carne
Quero mais dela, mais nela
Ser meu tempo que não acaba em você
Mas que no seu ser se encerra
Quando entra, finca e fecunda; terra
Suar sobre sua fertilidade dada
Pronta como as nuvens que proporcionam chuva
Seus planaltos, planícies, depressões e lagoas
Pois seu liquido é levemente salgado
Temperado com o cheiro do desejo derramado nele
Não te vejo coisa
Sinto-lhe gente
Fervente, ardendo, ardente
Inteiramente febril
De interior alucinantemente quente
Que me queima e não adoece
Que me maltrata e não me padece
Por me deixar de boca seca me entorpece
Que da prazer e o merece
Possua toda minha capacidade de satisfazê-la
Deixe minha língua pintar você
Transparente
Para não lhe perder
Saber cada nuance de sua pele
Beijar cada pinta linda que se espalha por seu corpo
Arraste sua cor por minha vermelhidão sacana
Entenda meu falo
Quando falo
Pelo intenso de seu interior
Onde me calo
Que você absorva minha mudez grunhida
Dando voz as genitálias vivas
A minha, a sua: unidas
Falando amor de forma transcendente
O inexplicável só se sente
Imprima seu desejo em mim com força
Deixe seu rastro presente, forte, pertinente
Qu’eu encontro o caminho
Penetrando seus portões de frente
Implicou, agora agüente
Largue-se e solte esta vontade
Crave as unhas, me abre as costas; invade
Solte esta garganta e liberte esta alma em gozo
Antes que eu arranque este orgasmo com a língua
Mas para que pressa se podemos esperar, ainda
Você de pé
Mãos na parede, espalmadas
Pernas lisas, coxas firmes, bunda empinada
Quase malvada merecia palmadas
Maravilhosa quando fica vermelha
Recosto minha testa sobre sua nuca arrepiada
Uma palavra implicante
Sua respiração profunda
Você completamente maluca
Leva meu corpo pra dentro do seu, ofegante, delirante
Dança nova
A musica de hoje fui eu que compus
O traje desimporta
Pois dançaremos completos e inteiramente nus
Irrepreensível as formas que toco e as que vejo no espelho
Alucinante perceber nós dois
Quando somos um só
Meu corpo dentro do seu
O seu guardando o meu
Consumiremos o desejo de antes durante o depois
Momento de plena degustação
Quero seu hálito, seu dedo do pé, suas mãos
Levo seu corpo a boca
Imitando as suas em forma de vão
Espaços onde me enfio: me perco, me acho
Você fêmea; eu macho
Além de todo instinto um fato:
Sempre há o carinho no rosto, o abraço
Escorrego suado nos seios, me encaixo
Olhos abertos, beijo na boca, meu peso em você
Refletidos nos olhos do outro
Percebemos o momento quase cruel
No ápice do calor infernal
Chegamos juntos ao céu
Unindo seu verniz reluzente ao meu branco pastel
Quero mais dela, mais nela
Ser meu tempo que não acaba em você
Mas que no seu ser se encerra
Quando entra, finca e fecunda; terra
Suar sobre sua fertilidade dada
Pronta como as nuvens que proporcionam chuva
Seus planaltos, planícies, depressões e lagoas
Pois seu liquido é levemente salgado
Temperado com o cheiro do desejo derramado nele
Não te vejo coisa
Sinto-lhe gente
Fervente, ardendo, ardente
Inteiramente febril
De interior alucinantemente quente
Que me queima e não adoece
Que me maltrata e não me padece
Por me deixar de boca seca me entorpece
Que da prazer e o merece
Possua toda minha capacidade de satisfazê-la
Deixe minha língua pintar você
Transparente
Para não lhe perder
Saber cada nuance de sua pele
Beijar cada pinta linda que se espalha por seu corpo
Arraste sua cor por minha vermelhidão sacana
Entenda meu falo
Quando falo
Pelo intenso de seu interior
Onde me calo
Que você absorva minha mudez grunhida
Dando voz as genitálias vivas
A minha, a sua: unidas
Falando amor de forma transcendente
O inexplicável só se sente
Imprima seu desejo em mim com força
Deixe seu rastro presente, forte, pertinente
Qu’eu encontro o caminho
Penetrando seus portões de frente
Implicou, agora agüente
Largue-se e solte esta vontade
Crave as unhas, me abre as costas; invade
Solte esta garganta e liberte esta alma em gozo
Antes que eu arranque este orgasmo com a língua
Mas para que pressa se podemos esperar, ainda
Você de pé
Mãos na parede, espalmadas
Pernas lisas, coxas firmes, bunda empinada
Quase malvada merecia palmadas
Maravilhosa quando fica vermelha
Recosto minha testa sobre sua nuca arrepiada
Uma palavra implicante
Sua respiração profunda
Você completamente maluca
Leva meu corpo pra dentro do seu, ofegante, delirante
Dança nova
A musica de hoje fui eu que compus
O traje desimporta
Pois dançaremos completos e inteiramente nus
Irrepreensível as formas que toco e as que vejo no espelho
Alucinante perceber nós dois
Quando somos um só
Meu corpo dentro do seu
O seu guardando o meu
Consumiremos o desejo de antes durante o depois
Momento de plena degustação
Quero seu hálito, seu dedo do pé, suas mãos
Levo seu corpo a boca
Imitando as suas em forma de vão
Espaços onde me enfio: me perco, me acho
Você fêmea; eu macho
Além de todo instinto um fato:
Sempre há o carinho no rosto, o abraço
Escorrego suado nos seios, me encaixo
Olhos abertos, beijo na boca, meu peso em você
Refletidos nos olhos do outro
Percebemos o momento quase cruel
No ápice do calor infernal
Chegamos juntos ao céu
Unindo seu verniz reluzente ao meu branco pastel
23.5.05
Juntos
Tinha certeza que você podia esperar
Que pararia sua vida se fosse preciso
Mesmo sabendo que não tinha a menor noção do quando
Faria o impossível por apenas um momento
Um segundo que lhe reservasse a felicidade plena
Mas o respeito por sua vontade
É maior que minha eficácia em ser egoísta
Jamais me permitiria usar sua esperança
Como desculpa para minha covardia
Desperto do sono cômodo, como um cavalo recém parido
Dou coices a esmo no vento
Tentando acertar o tempo perdido
Ponho me de pé
Pois é preciso correr muito
Estive séssil por demais
Tenho um mundo adverso para dobrar
Cada aresta, cada farpa
Tocarei todas
Minha carne ficará pelo caminho
Seriei mais forte em cada gota derramada
Este sangue tem destino certo
Renovação dolorosa
Que trará um fruto vermelho e vivo
Nosso amor em carne e sentimento
Tudo que meus sonhos quiseram de nós
Guinar-se-ão pelo ímpeto de conquista
Ganhar você dia a dia
Pelo prazer de lhe ser prazer
Pelo fato de proporcionar tudo que você quereria ter
Adivinhando seus objetivos intraçados
Matéria prima de sua construção
Liquidez de sua água
Para que eu não passe despercebido
Como o oxigênio que você respira
Invisível e indispensável
Quero que me perceba
Que eu lhe falte
Que me tenha
Que me coma e que me beba
Tangibilidade sutil e devastadora
Mais que necessidade; uma indispensabilidade
Não quero ser bom; serei o seu melhor
Longe é estar ao lado; permanecerei dentro
Jamais ser ausência; por vezes, estar saudade
Trocar o triste tenho que ir embora, por um feliz já volto
Sua vontade equivalente fez-me perceber
Que há possibilidade no incabível de ontem
Fazendo maior uma força antes enorme
Nada fará com que eu desista
Melhor ainda saber que não desistiremos
Obrigado por parar de fugir de si mesma
Por ter percebido o que é o amor
Descobrir a diferença entre paciência e conformismo
E tornar dois pronomes num ambíguo duplo solitário
Por ter feito de eu e você, um só nós dois
Que pararia sua vida se fosse preciso
Mesmo sabendo que não tinha a menor noção do quando
Faria o impossível por apenas um momento
Um segundo que lhe reservasse a felicidade plena
Mas o respeito por sua vontade
É maior que minha eficácia em ser egoísta
Jamais me permitiria usar sua esperança
Como desculpa para minha covardia
Desperto do sono cômodo, como um cavalo recém parido
Dou coices a esmo no vento
Tentando acertar o tempo perdido
Ponho me de pé
Pois é preciso correr muito
Estive séssil por demais
Tenho um mundo adverso para dobrar
Cada aresta, cada farpa
Tocarei todas
Minha carne ficará pelo caminho
Seriei mais forte em cada gota derramada
Este sangue tem destino certo
Renovação dolorosa
Que trará um fruto vermelho e vivo
Nosso amor em carne e sentimento
Tudo que meus sonhos quiseram de nós
Guinar-se-ão pelo ímpeto de conquista
Ganhar você dia a dia
Pelo prazer de lhe ser prazer
Pelo fato de proporcionar tudo que você quereria ter
Adivinhando seus objetivos intraçados
Matéria prima de sua construção
Liquidez de sua água
Para que eu não passe despercebido
Como o oxigênio que você respira
Invisível e indispensável
Quero que me perceba
Que eu lhe falte
Que me tenha
Que me coma e que me beba
Tangibilidade sutil e devastadora
Mais que necessidade; uma indispensabilidade
Não quero ser bom; serei o seu melhor
Longe é estar ao lado; permanecerei dentro
Jamais ser ausência; por vezes, estar saudade
Trocar o triste tenho que ir embora, por um feliz já volto
Sua vontade equivalente fez-me perceber
Que há possibilidade no incabível de ontem
Fazendo maior uma força antes enorme
Nada fará com que eu desista
Melhor ainda saber que não desistiremos
Obrigado por parar de fugir de si mesma
Por ter percebido o que é o amor
Descobrir a diferença entre paciência e conformismo
E tornar dois pronomes num ambíguo duplo solitário
Por ter feito de eu e você, um só nós dois
19.5.05
Externa
Calço pedras nos pés
Já não me faço estradas como antes
Caminhos fáceis são quedas d’água
Quero algo duro como minha alma
Incontavelmente derrotada
Ainda assim impenetrável
Auspiciosamente delirante e intrépida
Dada, como prostitutas pela estrada
Cobrando pouco ou quase nada
Quer apenas ser usada, vista, tripudiada, fagocitada
Chega de desvios e descansos
Resguardar um ideal incauto, incredulável
Desperdício temporal irremediável
Sem retorno ou regresso de lugar nenhum
Ignorância esta eterna vigilância mórbida
Como quem guarda defuntos com a própria vida
Tanto valor para uma lacuna da natureza
Zelo por um nada em completude
Desrespeito pela própria juventude
Clame-se por uma introspecção humilde
Recolha seus pedaços de gente
Monte cada coisa em seu devido lugar
Apresente uma mão à outra
Diga a seus ouvidos que quem fala é a garganta
Prove a seu coração que quem manda é a cabeça
Pense na sua vida
Suas coisas, seus desejos
Seu passado é um presente
Ou seu futuro já é passado?
Ama-te como faz com o próximo
Que pode estar longe
Inalcançável, impalpável
Mesmo assim, de querer indevasso e intransferível
Visão paradisíaca dum inferno chamado perfeição
Acima de tudo somos o que nos resta
Tudo que temos
Que queremos
Quando não houver mais ninguém
Nem mesmo tempo
Seremos sós; nós com nós mesmos
Então se goste
Prove seu sabor e delicie-se
Consuma íntimo desejo e satisfaça-se
Seja alvo de sua vontade
Descubra que não é verdade
Que sozinho é justo como está
Pior, é tudo que, por desventurança, é
Tem tudo e tudo lhe falta
Um vazio aterrador que lhe enterra vivo, amargo
Nos falta o outro
Nosso amor
Nosso par
Que quando temos traz ar
Quando falta faz suspirar
Falta alma: um alguém para amar
Já não me faço estradas como antes
Caminhos fáceis são quedas d’água
Quero algo duro como minha alma
Incontavelmente derrotada
Ainda assim impenetrável
Auspiciosamente delirante e intrépida
Dada, como prostitutas pela estrada
Cobrando pouco ou quase nada
Quer apenas ser usada, vista, tripudiada, fagocitada
Chega de desvios e descansos
Resguardar um ideal incauto, incredulável
Desperdício temporal irremediável
Sem retorno ou regresso de lugar nenhum
Ignorância esta eterna vigilância mórbida
Como quem guarda defuntos com a própria vida
Tanto valor para uma lacuna da natureza
Zelo por um nada em completude
Desrespeito pela própria juventude
Clame-se por uma introspecção humilde
Recolha seus pedaços de gente
Monte cada coisa em seu devido lugar
Apresente uma mão à outra
Diga a seus ouvidos que quem fala é a garganta
Prove a seu coração que quem manda é a cabeça
Pense na sua vida
Suas coisas, seus desejos
Seu passado é um presente
Ou seu futuro já é passado?
Ama-te como faz com o próximo
Que pode estar longe
Inalcançável, impalpável
Mesmo assim, de querer indevasso e intransferível
Visão paradisíaca dum inferno chamado perfeição
Acima de tudo somos o que nos resta
Tudo que temos
Que queremos
Quando não houver mais ninguém
Nem mesmo tempo
Seremos sós; nós com nós mesmos
Então se goste
Prove seu sabor e delicie-se
Consuma íntimo desejo e satisfaça-se
Seja alvo de sua vontade
Descubra que não é verdade
Que sozinho é justo como está
Pior, é tudo que, por desventurança, é
Tem tudo e tudo lhe falta
Um vazio aterrador que lhe enterra vivo, amargo
Nos falta o outro
Nosso amor
Nosso par
Que quando temos traz ar
Quando falta faz suspirar
Falta alma: um alguém para amar
16.5.05
Increscido
Um dia fui criança
Agia por puro instinto
Sabia por apenas ver
Quem poderia verter carinho
Dom de quem se sabe sensível
Uma entrega mortal
Que faz vida em cada ser a minha volta
Minha fragilidade certeira
Densa como um pilar ainda em construção
Imaginação é lugar indestrutível
O mundo acerca, nos cerca
Começamos a aprender o que devíamos desconhecer:
Selecionar pessoas
Nossa visão de nós mesmos define os outros
Procuramos nosso eu em cada um que se aproxima
O que nos vem é repulsa
Trabalho duro este de separar vidas
Com braços curtos e dedos frágeis
Quando seria bem melhor abraçar a todos
Convulsionarmo-nos em uma hiper dose de sentir
Apreender o outro
Olhar direto em seus olhos
Mirar-lhe a alma
Absorver sua imensurável verdade
Acreditar que amar é mais que toda esta armadura
Armada para privação
Deixar de sofrer um ato não vivido
É entristecer uma alegria incomeçada
Por simplesmente não ter deixado acontecer
Começamos a andar justo quando devíamos apenas engatinhar
Pra que alguém nos olhasse
Pegando com carinho e alento ao colo
Aquela criatura que se esforça para ser forte
Esticando a coluna para postar-se de pé
Nesta posição o coração fica exposto
Agora os braços fortes
Protegem dos perigos físicos
Pois querer sentir outro alguém
Não é palpável; é louvável
Entrega feita sem protetorados
Houve um tempo em que era fácil
Enganar que sabia o amor
Flexibilizava meus desejos
Niilista aos apelos do outro
Distanciava quem mais queria próximo
Adultifiquei-me e deixei de sentir o externo
Vesgo pela contemplação de mim mesmo
Fui ficando torto, absorto
Um ser vivo quase morto
Quando tive a decência de chorar
Deitei no chão sujo e disforme da minha onipresença
Ralei meu corpo no encosto bêbado de minhas crenças falsas
Degolei meus pés que invertidos
Explodiam em dor uma cabeça repleta de agonias vis
De joelhos voltei a ser criança
Olhando aqueles olhos enxerguei esperança
Pedi seu colo e conquistei lembrança
No tocar de pele o encontro reconfortante
No alisar do rosto, minha vida: um instante
Percebi que me dar era tudo que queria
Ininteligível esta obsessão
De querer apenas felicidade
Quando a dor nem sempre é o sofrimento
As vezes, indispensável, à adiantada e irremediável vitória
Ganho meu ser a cada dia
Tem dias que sofro e agradeço
Em outros estou alegre e cresço
Através das horas aprendo e mereço
Em sua vida sou eu mesmo e reconheço
Ser sua criança é amar e não tem preço
Agia por puro instinto
Sabia por apenas ver
Quem poderia verter carinho
Dom de quem se sabe sensível
Uma entrega mortal
Que faz vida em cada ser a minha volta
Minha fragilidade certeira
Densa como um pilar ainda em construção
Imaginação é lugar indestrutível
O mundo acerca, nos cerca
Começamos a aprender o que devíamos desconhecer:
Selecionar pessoas
Nossa visão de nós mesmos define os outros
Procuramos nosso eu em cada um que se aproxima
O que nos vem é repulsa
Trabalho duro este de separar vidas
Com braços curtos e dedos frágeis
Quando seria bem melhor abraçar a todos
Convulsionarmo-nos em uma hiper dose de sentir
Apreender o outro
Olhar direto em seus olhos
Mirar-lhe a alma
Absorver sua imensurável verdade
Acreditar que amar é mais que toda esta armadura
Armada para privação
Deixar de sofrer um ato não vivido
É entristecer uma alegria incomeçada
Por simplesmente não ter deixado acontecer
Começamos a andar justo quando devíamos apenas engatinhar
Pra que alguém nos olhasse
Pegando com carinho e alento ao colo
Aquela criatura que se esforça para ser forte
Esticando a coluna para postar-se de pé
Nesta posição o coração fica exposto
Agora os braços fortes
Protegem dos perigos físicos
Pois querer sentir outro alguém
Não é palpável; é louvável
Entrega feita sem protetorados
Houve um tempo em que era fácil
Enganar que sabia o amor
Flexibilizava meus desejos
Niilista aos apelos do outro
Distanciava quem mais queria próximo
Adultifiquei-me e deixei de sentir o externo
Vesgo pela contemplação de mim mesmo
Fui ficando torto, absorto
Um ser vivo quase morto
Quando tive a decência de chorar
Deitei no chão sujo e disforme da minha onipresença
Ralei meu corpo no encosto bêbado de minhas crenças falsas
Degolei meus pés que invertidos
Explodiam em dor uma cabeça repleta de agonias vis
De joelhos voltei a ser criança
Olhando aqueles olhos enxerguei esperança
Pedi seu colo e conquistei lembrança
No tocar de pele o encontro reconfortante
No alisar do rosto, minha vida: um instante
Percebi que me dar era tudo que queria
Ininteligível esta obsessão
De querer apenas felicidade
Quando a dor nem sempre é o sofrimento
As vezes, indispensável, à adiantada e irremediável vitória
Ganho meu ser a cada dia
Tem dias que sofro e agradeço
Em outros estou alegre e cresço
Através das horas aprendo e mereço
Em sua vida sou eu mesmo e reconheço
Ser sua criança é amar e não tem preço
13.5.05
Simples
As músicas tocam iguais
Delicadamente diferenciadas
Pelo meu pensamento que viaja
Percorrendo cada lembrança sua
Fim de estrada maravilhoso
Seus olhos que abrem suas portas
Sua boca que sopra brisa em meu fogo
E estas pernas que abrem clarões
De puro desejo e prazer
Convidam para nossa festa tribal
Onde dançamos nus
Um pelo outro
Um para o outro
Um no outro
Através de corpos que se amam
Carnalmente ditosos
Tudo agora é nada
Qualquer comparação é mal vinda
Pois estar em você é incomparável
Pena da pessoa que não sente
Este furor proveniente do amor
Esta luxúria que a efemeridade do tempo não leva
Beleza eterna que reside no carinho
Na vontade de ser seu
Completo e feliz quando poderia ser apenas eu
Divino completar você
Faz a existência rutilar
O corpo quente é água, suado
A alma em êxtase é choro
Jorrado, chorado, gozado
Delicadamente diferenciadas
Pelo meu pensamento que viaja
Percorrendo cada lembrança sua
Fim de estrada maravilhoso
Seus olhos que abrem suas portas
Sua boca que sopra brisa em meu fogo
E estas pernas que abrem clarões
De puro desejo e prazer
Convidam para nossa festa tribal
Onde dançamos nus
Um pelo outro
Um para o outro
Um no outro
Através de corpos que se amam
Carnalmente ditosos
Tudo agora é nada
Qualquer comparação é mal vinda
Pois estar em você é incomparável
Pena da pessoa que não sente
Este furor proveniente do amor
Esta luxúria que a efemeridade do tempo não leva
Beleza eterna que reside no carinho
Na vontade de ser seu
Completo e feliz quando poderia ser apenas eu
Divino completar você
Faz a existência rutilar
O corpo quente é água, suado
A alma em êxtase é choro
Jorrado, chorado, gozado
11.5.05
Lúdico
Que mentira maravilhosa esta
Desfeitos por dentro
Temos a empáfia de responder
Que estamos felizes
Porra nenhuma
Tudo é uma grande merda
Quando a nossa felicidade não é próxima
As canções e os cheiros de ruas conhecidas
Aproximam e torturam ao mesmo tempo
Mostram quão inalcançáveis nos mantemos
Desquero palavras doces
Frases de efeito
Placebos eficientes para uma mente conturbada
Sabe-se de imediato o motivo
Dói pra caralho
Nenhum palavrão me livra da tormenta doce
Deste turbilhão de passados presentes
Montando um futuro ausente
Desgraçadamente verdadeiro
A inevitável partida
Vem feita mula desenfreada
Aríete desgovernado e bruto
Derrubando o que se lhe opuser
Por puro capricho, falta do que fazer
Suas costas outra vez
Não fossem tão belas deixaria de olhar
E apóiam-se em nádegas redondas, firmes e atrevidas
Delimitadas por um corte diabolicamente traçado
Onde minhas mãos indecentes santificam
Pecado seria recusar
Todo este desejo que insular invade
Querendo compreender cada ato
Sentir ínfimas trepidações
Desta ventania desconcertante
Palavras da sua boca
São mais que gemidos e sussurros
São ordens
Acato a cada uma delas prazerosamente
Na velocidade que você imprime
Dirige este corpo que obedece a seus comandos
Deixe de lado esta modéstia, vestido e calcinha
Sente-se no meu colo e esqueça da vida
Lembre apenas que morreremos
E pulse vida em minha carne viva
Peça para eu ficar quieto
Enquanto me semeio em você
Umedecendo seus seios com a boca
Para que o coração não ferva
Provando você a você
Viu como é?
Saudade é foda
Nem estamos juntos
E monto seu corpo em sexo como se estivéssemos
Amo sua carne com a minha sem tocá-la
Desejo calcado na vontade
Quando longe compreendemos o análogo
Teoria dos contrários
Dos momentos ordinários
Por mais distante ou cansado, luto
Não fomos feitos pra ficarmos separados
Curiosamente, ao voltares, desalinho
Seu corpo lindo é secundário
Quero o conforto do seu sentimento
Dar-lhe o calor do meu carinho
Recostar a mente, agora calma, em seu peito ninho.
Desfeitos por dentro
Temos a empáfia de responder
Que estamos felizes
Porra nenhuma
Tudo é uma grande merda
Quando a nossa felicidade não é próxima
As canções e os cheiros de ruas conhecidas
Aproximam e torturam ao mesmo tempo
Mostram quão inalcançáveis nos mantemos
Desquero palavras doces
Frases de efeito
Placebos eficientes para uma mente conturbada
Sabe-se de imediato o motivo
Dói pra caralho
Nenhum palavrão me livra da tormenta doce
Deste turbilhão de passados presentes
Montando um futuro ausente
Desgraçadamente verdadeiro
A inevitável partida
Vem feita mula desenfreada
Aríete desgovernado e bruto
Derrubando o que se lhe opuser
Por puro capricho, falta do que fazer
Suas costas outra vez
Não fossem tão belas deixaria de olhar
E apóiam-se em nádegas redondas, firmes e atrevidas
Delimitadas por um corte diabolicamente traçado
Onde minhas mãos indecentes santificam
Pecado seria recusar
Todo este desejo que insular invade
Querendo compreender cada ato
Sentir ínfimas trepidações
Desta ventania desconcertante
Palavras da sua boca
São mais que gemidos e sussurros
São ordens
Acato a cada uma delas prazerosamente
Na velocidade que você imprime
Dirige este corpo que obedece a seus comandos
Deixe de lado esta modéstia, vestido e calcinha
Sente-se no meu colo e esqueça da vida
Lembre apenas que morreremos
E pulse vida em minha carne viva
Peça para eu ficar quieto
Enquanto me semeio em você
Umedecendo seus seios com a boca
Para que o coração não ferva
Provando você a você
Viu como é?
Saudade é foda
Nem estamos juntos
E monto seu corpo em sexo como se estivéssemos
Amo sua carne com a minha sem tocá-la
Desejo calcado na vontade
Quando longe compreendemos o análogo
Teoria dos contrários
Dos momentos ordinários
Por mais distante ou cansado, luto
Não fomos feitos pra ficarmos separados
Curiosamente, ao voltares, desalinho
Seu corpo lindo é secundário
Quero o conforto do seu sentimento
Dar-lhe o calor do meu carinho
Recostar a mente, agora calma, em seu peito ninho.
9.5.05
Paisagem
Nos dias mais belos
Tenho mais saudade
A sensação de desperdício
Aumenta a dor
Pode ser que não haja outro
Certamente haverá
O problema vai além
Saber que o próximo
Será totalmente desigual
Crescente só minha vontade
Convertida momentaneamente em angústia
Num querer contido
Deste coração comprimido
Que esbarra em externalidades
Toda vez que se expande
Mas preciso dar-lhe seu real tamanho
Meu peito não é casa para ele
É prisão, senzala
Com direito a tronco e açoite
A procura do navio negreiro chamado coragem
Que me trafique transoceânico
Sangrando mares de hipocrisia
Singrando feliz cada onda sua
Que traga a luz do nosso dia
Nossas peles juntas naquela praia
De areia alva e fina
Pisada e mesmo assim acolhedora
Chamando nossos corpos
Ao merecido descanso
Repouso de seu desejo
Distante este paraíso bíblico
Que peco por não manter
Coisas simples que me sobrevêm
Desnecessário dificultar
Esculpindo agora sua materialidade
Seu vibrar guia meu martelo
Que lhe sabe de cor
Emprestando um tom vermelho sangue
Proposital e mortificante
Fazê-la jorrar
Sinta-se estátua e movimente
Seja a seca e chova
Almeje terminar e comece
Compreenda-se viva e morra
Com vontade de amar
Tenho mais saudade
A sensação de desperdício
Aumenta a dor
Pode ser que não haja outro
Certamente haverá
O problema vai além
Saber que o próximo
Será totalmente desigual
Crescente só minha vontade
Convertida momentaneamente em angústia
Num querer contido
Deste coração comprimido
Que esbarra em externalidades
Toda vez que se expande
Mas preciso dar-lhe seu real tamanho
Meu peito não é casa para ele
É prisão, senzala
Com direito a tronco e açoite
A procura do navio negreiro chamado coragem
Que me trafique transoceânico
Sangrando mares de hipocrisia
Singrando feliz cada onda sua
Que traga a luz do nosso dia
Nossas peles juntas naquela praia
De areia alva e fina
Pisada e mesmo assim acolhedora
Chamando nossos corpos
Ao merecido descanso
Repouso de seu desejo
Distante este paraíso bíblico
Que peco por não manter
Coisas simples que me sobrevêm
Desnecessário dificultar
Esculpindo agora sua materialidade
Seu vibrar guia meu martelo
Que lhe sabe de cor
Emprestando um tom vermelho sangue
Proposital e mortificante
Fazê-la jorrar
Sinta-se estátua e movimente
Seja a seca e chova
Almeje terminar e comece
Compreenda-se viva e morra
Com vontade de amar
6.5.05
Tomo
Parado aos olhos de viajantes apressados
Aprecio o céu sobre meus pensamentos
Físico, denso, imponente
Debaixo de todo este peso não há opção
Estatifico-me e continuo impotente
Engano achar que não há potencial
Por dentro eu fervo
Quero sacudir as torrentes que jorram vontades
Nesta cabeça que agora pensa
Criando uma reta que por definição nos aproxime
Difícil é descobrir os mais íntimos
Dentre tantos próximos pontos
Pois você é só contato
Pelo tato acho que me perco
Sem dúvidas encontrei um labirinto
Agora enxergo opções
Minha mente gela
Clama por um sossego inerte
Residente em uma certeza infame qualquer
É tudo desculpa para seguir parado
Esta dormência realmente embriaga
A possibilidade de não fazer é tentadora
Sentir poder nos consome
E querer não fazer é perigoso
A ignorância se aproxima quando temos muitas certezas
Aquele fardo ainda me circunda
Sei das reais intenções
Mas desconverso a respeito do presente
Conheço sua face como se me olhasse
A cada dia te pergunto quem sou
Não é minha imagem que procuro
Minha possibilidade de ser seguro
Busco aquele que desconheço
Este que incansável lhe ofereço
Que só você enxerga
Pateticamente tento dominar algo seu
Que embora meu, não me pertence
Sou o que você quer de mim
Feliz por ser assim
Teimosia explicita esta de mudar-me
Mania de acreditar que não podemos
Que quando podemos não devemos
Que quando devemos não queremos
E querendo não entendo
Como posso ser seu amor?
Eu é que quero que você seja o meu
Necessito amar você
Permanecer apaixonado, entregue, dado
Esquecendo deste seu direito
De me enxergar como a melhor coisa do mundo
Querendo, desejando, almejando
Babando por minha existência simples
Que simplifica seu viver
Acreditando que sou tudo o que quer
Da semente ao arvoredo pra perceber
A possibilidade de ser querido
A magnitude de ser escolhido
Beijado, abraçado, amado, lambido
De conter e estar contido
Num paraíso agorafóbico que limita por paredões de liberdade
Aquele céu agora desaba
Minha cabeça esta muito leve para deixar que eu corra
Destemo a chuva
Pois ela não é capaz de lavar minha candura
Doçura imensa em suas papilas sensíveis
Creio que sou mesmo sua criatura
Bem impagável, inalienável
Sou a prova de sua recusa
Pela impossibilidade de negar-se a si própria
Então me toma se lhe convém
Abre sua boca e me engole
Espalha minha presença e absorve
Sorri meu hálito e sorve
Dona da minha alegria
Perceba o eriçar de sua pele, pelo e alma
Agora os viajantes é que param
Atônitos, aflitos, antagônicos
Papéis se criam invertidos
Os antes protagonistas jazem expectadores
No melhor ato, de fato, nós
Todos fogem da tempestade epicentrica
Estremecendo a certeza de toda dúvida alheia
Quero erupções contínuas, criadoras
Que eternizem minha existência
Neste dilúvio único que é viver
Aprecio o céu sobre meus pensamentos
Físico, denso, imponente
Debaixo de todo este peso não há opção
Estatifico-me e continuo impotente
Engano achar que não há potencial
Por dentro eu fervo
Quero sacudir as torrentes que jorram vontades
Nesta cabeça que agora pensa
Criando uma reta que por definição nos aproxime
Difícil é descobrir os mais íntimos
Dentre tantos próximos pontos
Pois você é só contato
Pelo tato acho que me perco
Sem dúvidas encontrei um labirinto
Agora enxergo opções
Minha mente gela
Clama por um sossego inerte
Residente em uma certeza infame qualquer
É tudo desculpa para seguir parado
Esta dormência realmente embriaga
A possibilidade de não fazer é tentadora
Sentir poder nos consome
E querer não fazer é perigoso
A ignorância se aproxima quando temos muitas certezas
Aquele fardo ainda me circunda
Sei das reais intenções
Mas desconverso a respeito do presente
Conheço sua face como se me olhasse
A cada dia te pergunto quem sou
Não é minha imagem que procuro
Minha possibilidade de ser seguro
Busco aquele que desconheço
Este que incansável lhe ofereço
Que só você enxerga
Pateticamente tento dominar algo seu
Que embora meu, não me pertence
Sou o que você quer de mim
Feliz por ser assim
Teimosia explicita esta de mudar-me
Mania de acreditar que não podemos
Que quando podemos não devemos
Que quando devemos não queremos
E querendo não entendo
Como posso ser seu amor?
Eu é que quero que você seja o meu
Necessito amar você
Permanecer apaixonado, entregue, dado
Esquecendo deste seu direito
De me enxergar como a melhor coisa do mundo
Querendo, desejando, almejando
Babando por minha existência simples
Que simplifica seu viver
Acreditando que sou tudo o que quer
Da semente ao arvoredo pra perceber
A possibilidade de ser querido
A magnitude de ser escolhido
Beijado, abraçado, amado, lambido
De conter e estar contido
Num paraíso agorafóbico que limita por paredões de liberdade
Aquele céu agora desaba
Minha cabeça esta muito leve para deixar que eu corra
Destemo a chuva
Pois ela não é capaz de lavar minha candura
Doçura imensa em suas papilas sensíveis
Creio que sou mesmo sua criatura
Bem impagável, inalienável
Sou a prova de sua recusa
Pela impossibilidade de negar-se a si própria
Então me toma se lhe convém
Abre sua boca e me engole
Espalha minha presença e absorve
Sorri meu hálito e sorve
Dona da minha alegria
Perceba o eriçar de sua pele, pelo e alma
Agora os viajantes é que param
Atônitos, aflitos, antagônicos
Papéis se criam invertidos
Os antes protagonistas jazem expectadores
No melhor ato, de fato, nós
Todos fogem da tempestade epicentrica
Estremecendo a certeza de toda dúvida alheia
Quero erupções contínuas, criadoras
Que eternizem minha existência
Neste dilúvio único que é viver
5.5.05
Pesquisa, esclarecimentos e amor ou outra ordem qualquer
Gostaria de agradecer e muito. Ultimamente tenho sido visitado e agraciado pela presença, carinho, reconhecimento, elogios e toda espécie de bons sentimentos de várias pessoas e pretendo e quero acreditar que mereço todo este calor. Juro que farei por onde.
Gostaria de dizer também que ontem, como já aconteceu outras vezes e com certeza, acontecerá novamente, meu irmão, Canhoto, postou dois textos. Não tenho nada que me meter com o que cada um escreve. Viva a liberdade de escrita. Só queria salientar e deixar explicito o seguinte: discordo totalmente dos dois textos e sou totalmente torto e errado no que diz respeito a amar. Sofro, sinto dor, choro, entristeço, fico alegre e canto pela casa, fico puto e emburro a cara também. Amor não é paz porra nenhuma e se algum ser humano conseguiu a perfeição de permanecer em plena paz ele está morto e enterrado. Amar é viver plenamente, com todas as suas faces boas, ótimas, ruins e péssimas. Por isso o amor é indefinível
Juro que tentei fugir desta pesquisa. Mas fui presenteado por duas pessoas que eu realmente adoro. Os convites saltaram aos meus olhos no mesmo dia, mas para não ser injusto, vou por ordem cronológica.
Sandra, acho que não preciso dizer nada. Adoro você mesmo. Minha revisora predileta. Beijo intenso. Aquela frase ao meu respeito na sua resposta da pesquisa não me sai da cabeça. Ainda chego lá.
Bruxinha, você é a madrinha deste blog. Adoro você demais. E existe um modo simples de saber de mim. Pessoas em que confio e admiro como você precisam apenas perguntar. Beijo e um cheiro minha Bruxa
Podem ter certeza, ainda em relação ao amor, ele pode ser de diversas formas. Saibam que fico radiante quando um texto meu cai como uma luva para alguém. Cada comentário é um presente e não tenho o menor medo em dizer e sentir que amo cada um de vocês. Beijos. Minha vontade era dar abraço apertado em cada um.
Amanhã eu posto mais um texto torto de amor.
Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Não li o Fahrenheit 451, mas gostaria e serei um livro sobre o nascimento de uma criança e as maravilhosas mudanças que este acontecimento traz para os pais quando eles renascem para esta nova vida. Prometi a mim mesmo que farei este livro e publicarei para dar a minha filha em sua cerimônia de alfabetização. Nem que saia apenas um exemplar, este será dela, por causa dela.
Já alguma vez ficaste apanhadinho por um personagem de ficção?
Eu admiro muito a construção psicológica de um personagem chamado Wolverine. O convívio conflitante de um ser fisicamente poderoso, quase indestrutível, que pouco sabe sobre si próprio além das dores de seu presente tumultuado. E, mesmo assim, consegue ser violentamente sutil e justo consigo próprio e tem um refinado senso de amizade. Alguns podem achar que histórias em quadrinhos estão à margem da literatura formal, mas a enormidade de imagens literárias e de conceitos ali empregados é fantástica.
Qual foi o último livro que compraste?
Como aprender Java em 21 dias. Faz quase dois anos que comprei e não passei da primeira semana.
Que livro estás a ler?
Constituição da República Federativa do Brasil. Vou passar num concurso público e ela faz parte da matéria. Sugiro e recomendo a sua leitura a todos. Apesar do linguajar desagradável e enfadonho é certeza de boas risadas e faz nossa carne tremer de raiva quando percebemos que potencialmente equilibramos poder e apatia cívica
Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
A casa dos budas ditosos
Diário de um mago
Odisséia
Musashi
Como aprender Java em 21 dias (tenho que acabar de ler este livro!!)
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e por quê?
Para a Naiara, por que escreve muito bem e mora em Niterói como eu.
Para a Eliane Alcântara, por que ela administra um manicômio virtual comigo
Para minha amiga Rô, do Alma Nua, por ter uma vontade teimosa como a minha
Gostaria de dizer também que ontem, como já aconteceu outras vezes e com certeza, acontecerá novamente, meu irmão, Canhoto, postou dois textos. Não tenho nada que me meter com o que cada um escreve. Viva a liberdade de escrita. Só queria salientar e deixar explicito o seguinte: discordo totalmente dos dois textos e sou totalmente torto e errado no que diz respeito a amar. Sofro, sinto dor, choro, entristeço, fico alegre e canto pela casa, fico puto e emburro a cara também. Amor não é paz porra nenhuma e se algum ser humano conseguiu a perfeição de permanecer em plena paz ele está morto e enterrado. Amar é viver plenamente, com todas as suas faces boas, ótimas, ruins e péssimas. Por isso o amor é indefinível
Juro que tentei fugir desta pesquisa. Mas fui presenteado por duas pessoas que eu realmente adoro. Os convites saltaram aos meus olhos no mesmo dia, mas para não ser injusto, vou por ordem cronológica.
Sandra, acho que não preciso dizer nada. Adoro você mesmo. Minha revisora predileta. Beijo intenso. Aquela frase ao meu respeito na sua resposta da pesquisa não me sai da cabeça. Ainda chego lá.
Bruxinha, você é a madrinha deste blog. Adoro você demais. E existe um modo simples de saber de mim. Pessoas em que confio e admiro como você precisam apenas perguntar. Beijo e um cheiro minha Bruxa
Podem ter certeza, ainda em relação ao amor, ele pode ser de diversas formas. Saibam que fico radiante quando um texto meu cai como uma luva para alguém. Cada comentário é um presente e não tenho o menor medo em dizer e sentir que amo cada um de vocês. Beijos. Minha vontade era dar abraço apertado em cada um.
Amanhã eu posto mais um texto torto de amor.
Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Não li o Fahrenheit 451, mas gostaria e serei um livro sobre o nascimento de uma criança e as maravilhosas mudanças que este acontecimento traz para os pais quando eles renascem para esta nova vida. Prometi a mim mesmo que farei este livro e publicarei para dar a minha filha em sua cerimônia de alfabetização. Nem que saia apenas um exemplar, este será dela, por causa dela.
Já alguma vez ficaste apanhadinho por um personagem de ficção?
Eu admiro muito a construção psicológica de um personagem chamado Wolverine. O convívio conflitante de um ser fisicamente poderoso, quase indestrutível, que pouco sabe sobre si próprio além das dores de seu presente tumultuado. E, mesmo assim, consegue ser violentamente sutil e justo consigo próprio e tem um refinado senso de amizade. Alguns podem achar que histórias em quadrinhos estão à margem da literatura formal, mas a enormidade de imagens literárias e de conceitos ali empregados é fantástica.
Qual foi o último livro que compraste?
Como aprender Java em 21 dias. Faz quase dois anos que comprei e não passei da primeira semana.
Que livro estás a ler?
Constituição da República Federativa do Brasil. Vou passar num concurso público e ela faz parte da matéria. Sugiro e recomendo a sua leitura a todos. Apesar do linguajar desagradável e enfadonho é certeza de boas risadas e faz nossa carne tremer de raiva quando percebemos que potencialmente equilibramos poder e apatia cívica
Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
A casa dos budas ditosos
Diário de um mago
Odisséia
Musashi
Como aprender Java em 21 dias (tenho que acabar de ler este livro!!)
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e por quê?
Para a Naiara, por que escreve muito bem e mora em Niterói como eu.
Para a Eliane Alcântara, por que ela administra um manicômio virtual comigo
Para minha amiga Rô, do Alma Nua, por ter uma vontade teimosa como a minha
2.5.05
Campal
Saio para o mundo
Disposto a destruir tudo
Pela força que foi concedida
Através do poder que descobri
Paro ao primeiro passo
Aprendi a enxergar esta cegueira
Paralisia advinda de um fluxo interminável
De vontades equivocantes
Que separam o amor do ódio
Equilibristas treinam sempre no baixo, pois caem também
Executar verbos prefixados em des é fácil proeza
O espírito quer conquistas
Mas despreza o desperdício da batalha
Prefere o toque aconchegante
Vitórias pela delicadeza
Respeito é o que lhe vem
Quando as pessoas não nos temem
Pretendo levantar a voz
Somente por ótimos motivos
Exteriorizar que te amo
Há capacidade para conseguir o máximo
Pois é o mínimo que almejo
Picadas por caminhos tortuosos são preferíveis
Para infectar-me com o vírus da resistência
Doença com nome e sobrenome: santa paciência
Que compõe das músicas, a mais bela
Montando sua presença ao acorde dos ventos
Transpirando seu cheiro a cada movimento
Na saudade que nunca dói
Meu acalanto, meu travesseiro, meu alento
Onde durmo minhas pressas cotidianas
Repousando meus torpores corriqueiros
Deixo que o medo me invada
Tornando minha existência temerária
Fazendo buscar a segurança do seu eu
Fragílimo em minhas bases mais profundas
Quero ser derrotado, perdido, agredido
Por este sentimento que só fica mais forte
Este maldito azar que só dá sorte
A cada sinal na mata que apago farejo você
Sigo seu rastro
Anseio casto
Estar em seus cachos
Erguendo meu mastro
Ao aguardo de sua brisa e vela
Que me guia, navega e leva
Desconhecidamente familiar
Direto para nenhum lugar
Exato onde quero ficar
Que me esqueçam por lá
Certeza saber sua pessoa assim
Sem referencias, influências
Invisível aos olhos da carne que pulsa
Expulsando seu lado mais lindo
Quando choras ao sentir que me ama
Fizemos um trato em silêncio
Para toda vida, um encanto
Quem faz trato com o tempo vence
Pois ele nos cobre; é um manto
Que venha mais uma batalha
Cortando fundo na carne, navalha
Fazendo espadas no aço, que malha
Quando saindo do peito estraçalha
Este peito frouxo, fornalha
Escaldada pelo indestrutível amor que sinto por você
Disposto a destruir tudo
Pela força que foi concedida
Através do poder que descobri
Paro ao primeiro passo
Aprendi a enxergar esta cegueira
Paralisia advinda de um fluxo interminável
De vontades equivocantes
Que separam o amor do ódio
Equilibristas treinam sempre no baixo, pois caem também
Executar verbos prefixados em des é fácil proeza
O espírito quer conquistas
Mas despreza o desperdício da batalha
Prefere o toque aconchegante
Vitórias pela delicadeza
Respeito é o que lhe vem
Quando as pessoas não nos temem
Pretendo levantar a voz
Somente por ótimos motivos
Exteriorizar que te amo
Há capacidade para conseguir o máximo
Pois é o mínimo que almejo
Picadas por caminhos tortuosos são preferíveis
Para infectar-me com o vírus da resistência
Doença com nome e sobrenome: santa paciência
Que compõe das músicas, a mais bela
Montando sua presença ao acorde dos ventos
Transpirando seu cheiro a cada movimento
Na saudade que nunca dói
Meu acalanto, meu travesseiro, meu alento
Onde durmo minhas pressas cotidianas
Repousando meus torpores corriqueiros
Deixo que o medo me invada
Tornando minha existência temerária
Fazendo buscar a segurança do seu eu
Fragílimo em minhas bases mais profundas
Quero ser derrotado, perdido, agredido
Por este sentimento que só fica mais forte
Este maldito azar que só dá sorte
A cada sinal na mata que apago farejo você
Sigo seu rastro
Anseio casto
Estar em seus cachos
Erguendo meu mastro
Ao aguardo de sua brisa e vela
Que me guia, navega e leva
Desconhecidamente familiar
Direto para nenhum lugar
Exato onde quero ficar
Que me esqueçam por lá
Certeza saber sua pessoa assim
Sem referencias, influências
Invisível aos olhos da carne que pulsa
Expulsando seu lado mais lindo
Quando choras ao sentir que me ama
Fizemos um trato em silêncio
Para toda vida, um encanto
Quem faz trato com o tempo vence
Pois ele nos cobre; é um manto
Que venha mais uma batalha
Cortando fundo na carne, navalha
Fazendo espadas no aço, que malha
Quando saindo do peito estraçalha
Este peito frouxo, fornalha
Escaldada pelo indestrutível amor que sinto por você
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