Difícil
Logo eu que sempre exibo verdades
Deparei-me com uma há pouco
Mas muito, densa e bruta
Devastadora
Raridade
É o que sou em pessoa
e o que poderia ser bom
O é, e é mais
Completamente des é
Estranho que uma qualidade tão apessoal
Desvinculada de moral
Seja exatamente o que sou
E ainda assim tão singular, único e ímpar
Cismo em ter um par
E outra vez o que sou
Redesfaz o que não desejo ser
Acabo sendo nesta lógica insana
Exatamente o que não sei ser
Justamente por nem saber
No tempo mesmo de conquistar e afastar
De trazer e distanciar
Sou responsável e culpado
Eximido e perdoado
Alijado por participar demais
Uma vez eu fui incompatível
Era muitas coisas diferentes no mesmo tempo e lugar
Administrava diversas facetas
Quando achavam que deveria ser comum
Mas eu nunca sou o que acham de mim
Vislumbro na quase certeza dos demais
A inexistente dúvida que me faz
Sou exatamente o que sou
Nem muita a menos, nem pouco a mais
Raridade é ser o quem que se faz; eu