8.1.08

Raro

Difícil
Logo eu que sempre exibo verdades
Deparei-me com uma há pouco
Mas muito, densa e bruta

Devastadora

Raridade
É o que sou em pessoa
e o que poderia ser bom
O é, e é mais

Completamente des é

Estranho que uma qualidade tão apessoal
Desvinculada de moral
Seja exatamente o que sou
E ainda assim tão singular, único e ímpar

Cismo em ter um par

E outra vez o que sou
Redesfaz o que não desejo ser
Acabo sendo nesta lógica insana
Exatamente o que não sei ser

Justamente por nem saber

No tempo mesmo de conquistar e afastar
De trazer e distanciar
Sou responsável e culpado
Eximido e perdoado

Alijado por participar demais

Uma vez eu fui incompatível
Era muitas coisas diferentes no mesmo tempo e lugar
Administrava diversas facetas
Quando achavam que deveria ser comum

Mas eu nunca sou o que acham de mim

Vislumbro na quase certeza dos demais
A inexistente dúvida que me faz
Sou exatamente o que sou
Nem muita a menos, nem pouco a mais

Raridade é ser o quem que se faz; eu

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