19.1.05

Ruim de Aturar

Ta tudo muito nublado e por mais que eu vislumbre um risco maior de sol no horizonte que se coisifica pelo toque alcançável de um esticar de dedos, o barulho da chuva ainda é ensurdecedor. E num reflexo físico, toda vez que dói aos ouvidos fecho os olhos, como se não enxergar diminuísse meu incomodo, na tentativa de desviar o som para o lugar de onde ele realmente emana; dentro de mim.
Adoro estas tempestades, mas como não podia deixar de ser tudo se faz diferente. Sou eu quem fez chover e somente eu posso decidir quando parar. Molhar é a intenção de toda tempestade. Seu fim porém nem sempre traz a finalidade proposta, ainda mais quando se propõe o que não se quer cumprir.
Ta difícil, ta dolorido, ta diferente e ta me fazendo mal. Me deixando pra baixo, pra dentro e irreativo. Sim, palavras novas para sentimentos novos que não sei como descrever e não tenho obrigação de saber como senti-los. Mais raso do que parece, sei qual é a melhor saída para caso este de difícil solução que eu mesmo me propus. A felicidade está na minha frente, passeamos de mãos dadas sob um luar bonito em noite de calor insuperável. E mesmo assim me dói perder ou deixar de querer ter alguém por quem lutei desesperadamente e que sabidamente não fará o mesmo comigo e por mim..
Impossível gostar de duas pessoas ao mesmo tempo e na dúvida sobre quem se gosta mais a solidão é a companheira menos dolorosa que me permito ter. Tomara que eu tenha tempo para acertar e que acertem comigo. Caso contrário azar o meu e vou ter merecido.

Nenhum comentário: