14.3.05

Pois é

Mais uma daquelas tardes perfeitas
Sol brilhando, nada de nuvens
Brisa acariciando o corpo
E a tormenta, atormentando

Uma mente atormentada

Em busca eterna pela eterna paz
Estado de graça que só vislumbra você
Tranqüilidade de alma que mora em seu corpo
Querendo você me contorço, paralisado

Por nada poder fazer

Já não depende de mim
Fiz o que era impossível fazer
Fui além de limites
Por nunca acreditar na existência deles

E no meio desta estrada, onde está você?

Você, que por dentro chora e por fora demora
Que me bem diz frente a frente
E que por traz me devora
Que verdadeira me ama e pra si mente

Por favor
Se encare
Se enfrente
Imperativo: tente!

E de todos os pedidos que nunca fiz
Por não poder influir nem mais um triz
Queria pedir-lhe o ingrato que sempre faço
Sofra!

E nos faça feliz

E nesta incontável e idêntica tarde já ida
Desejo realmente por esta paixão incontida
Que me esqueças talvez e de repente
Mas não me largue, perdido, em sua vida

Não faça de mim seu vampiro
Fiel, imortal e sem luz
Não me deixe amarrado a um desejo
Que direto ao meu nada conduz

Pois sabes o quanto te quero.

E que sou o capaz de sofrer
Que consigo de eu próprio esquecer
Que não me custa à morte viver
Se um dia seu, eu, puder ser

Só você, sabe o quanto te amo

E se for para não te-la, faça agora
E se for pra ser seu; qualquer hora
E se realmente lhe for impossível
Beijo na sua boca, vou embora

Eu sei, já me vistes de costas outras vezes!

Sabes que não irei
Percebe que já tentei
Só falta que sua coragem permita
Ter-me, ser seu e sermos um

Eu amo você
E
Sem você
Não irei a lugar algum.


Desculpem o tamanho do texto, mas carrego uma história no peito que não caberia nas páginas brancas que encontro pela frente.

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