Ontem, saindo para vir trabalhar, percebi algo que não faço realmente, mas que muitos fazem sem perceber. Desci a rua para tirar o meu carro da garagem. Tinha acabado de tomar banho, perfumado, roupa passada, sapato confortável, bolsa cara para carregar as coisas que podia não ter; como celular, carteira, meu caderno e dinheiro para passar o dia.
E na frente do portão da garagem, um homem pára de catar as latinhas no lixo e me dá bom dia. Respondo: Bom dia meu amigo e obrigado!
Ele sorri parecendo entender.E continua sua vida, enquanto eu vou terminar mais um dia.
Obrigado, amigo, por provar mais uma vez
Que o que vale na vida é viver
Por ensinar a este catador de letras
Que é preciso alegria para catar a vida
Pois enquanto reclamamos, outros riem por viver
Obrigado, pela lição em forma de sorriso
Que me tira da apatia egoísta
Fazendo perceber que o fim
É mais que apenas morrer
Impagável a aula de vida que me deste
Como se diz para um conformado
Que sua situação é passageira;
Além de qualquer rotina
Através do que se queira
Lhe devo o prazer de viver à minha maneira
Gratidão por me fazer covarde
Incapaz de sequer pensar reclamar
Conseguiu mostrar-se alegre com pouco
Quando outros, com muito, se põe a chorar
Sempre na mente o sorriso, que faz minha mente sossegar
Não quero dizer que tenhamos que abrir mão do conforto ou dos supérfluos que merecemos quando podemos. Mas queria realmente, que muita gente sorrisse para o próximo e percebesse que enquanto por vezes reclamamos pedindo o fim do dia, existem outros que sorriem, mesmo que não lhes tenha começado a vida
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