12.11.04

Angustia

Sabe, to com uma pressão fudida no peito. Um negócio que não passa. Dizem os babacas que é viadagem. Comentam os sabichões que pode ser frescura. Eu que sei por estar sentindo digo que é angustia. Um sentimento de emputecimento constante e crescente que quer que tudo se foda e não há um culpado que mereça a ira do meu julgamento.
Mais ou menos assim: Imagine que a mulher que você sempre quis comer na vida tivesse algemado você na cama, tirado sua roupa, chupado seu pau até te deixar louco e na hora de sentar no seu colo, ela roça seu sexo inundado de tesão sobre seu membro petrificado pela irrigação sanguínea proporcionada pelo desejo em possui-la. E quase sendo penetrada pelo falo rígido, debruça-se sobre seu tronco tocando mamilos contra mamilos, lhe dando um beijo molhado na boca e dizendo adeus.

Bota a roupa bem na sua frente, devagar, suavemente. Depois de colocar a saia frouxa que mal cobre-lhe as coxas, senta-se, arreganha as pernas e se masturba pedindo que você a penetre, que a faça gozar.

Ela goza gritando seu nome pedindo para ser invadida, devastada pelo sexo, louca. Enche as mãos com todo seu fluido, espalha pelos seios arrepiados de prazer. Aproxima-se e coloca-os em sua boca

Ao mamar daquele liquido dos deuses você sente aquele aperto no peito, quer possuí-la, penetra-la, agir como um animal, mas não pode. Ela põe a blusa e se vai.

Este sentimento de que poderia ter sido tudo diferente e que não dependeu só de sua vontade e que justamente por isso não dá pra matar ninguém é angustia. E não é coisa de viado!

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