18.2.05

Amarelo, preto e branco

Ontem uma trombada em amarelo quase derrubou-me
A intimidade tem na indiferença seu antônimo
E atônito, percebi o peso insustentável
De estar despercebido

Não há amizade para os que amam
O amor é forte, grandioso, talvez egoísta
E por sua natureza plena, nunca deixaria
A amizade sobrepor-se a sua fome de conquista

Vi nela espelho do que faço
Reflexo do que realmente acho
E, em seus olhos, não me vi sequer em facho
Pois sua vontade era forte como aquilo que trazia a imagem

Vazia, e pós, feita em aço.

Hoje, sofremos em dois, a dois
Não pelo antes, e sim e também e ainda, mas, com medo do depois
Tudo que eu desejava era um sincero e agradecido abraço
Que, desfazendo em seu vestido preto e branco em laço
Não seria se quer traço
Da saudade
Que se tem,
Pois.

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