Palavras, as temos todas
Todas aquelas a que conhecemos
Por muitas achamos que são nossas
Mas só algumas vezes é que somos delas de verdade
E quando isso acontece, nossas bocas sequer as pronunciam
E realmente o inesperado é tolo e previsível
Pois em sua concepção abrupta
Vem sempre de onde se menos espera
O que se sente se faz e desfaz-se nelas e
Por elas nos construímos e destruímos
Certos que é possível e que assim somos
Devido a um impulso que nos impele a confrontar o mundo
Mundo de nós mesmos
Paraíso de em si insultos
Inferno de desejos puros
Mar de imensidão e desconhecimento seguros
Agradeço, quase em prece
Se assim soubesse
Pela surdez do meu olhar sensível
E saboreio em êxtase por julgarem-me a cada segundo
Falta pouco, entretanto
Já quase entrego-me ao sentimento chamado razão
Definição nova para palavra interdita
Que somente agora percebo fazer vibrar meu coração.
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